África: um continente rico na história do futebol
Como aficcionado por futebol, estava assistindo uma matéria numa TV Portuguesa e me deparei com a imensa quantidade de jogadores africanos que estão jogando por aquelas terras. Daí lembrei-me de alguns detalhes bem interessantes e peculiares à África no que diz respeito ao mundo da bola. O continente africano pode até não ter um grande histórico de condições de vida e de conquistas no futebol. Entretanto são das terras a leste do Brasil recordes interessantes no esporte.
O camaronês Roger Milla (foto 1) ficou famoso apenas aos 38 anos de idade, quando jogou a Copa do Mundo da Itália, em 1990, e atuava pelo modesto Reunião FC, das Ilhas Reunião, que ficam próximas da Índia. Na Itália, depois de ter pendurado as chuteiras com a seleção e, a pedido do presidente da federação camaronesa de futebol, ter voltado atrás na decisão, foi um dos destaques da campanha dos Leões Indomáveis, chegando até as quartas-de-final e marcando 4 gols.
Porém, Milla, hoje acertadamente reconhecido como o maior futebolista africano da história, fez mais. Em 1994, nos EUA, aos 42 anos e 39 dias, o “vovô” camaronês se tornou o mais velho jogador de futebol a marcar um gol por sua seleção em um mundial – o de honra na goleada sofrida diante da Rússia por 6 a 1. Nesse jogo, vale salientar, outro recorde se estabeleceu: o russo Oleg Salenko marcou 5 vezes, se tornando o maior artilheiro de seleção em um só jogo em Copas do Mundo.
Por outro lado, o serraleonês Mohammed Kallon (foto 2), então atuando pelo Sponga, de seu país, tornou-se o mais jovem jogador da história a marcar um gol pela sua seleção. No dia 22 de abril de 1995, aos 15 anos e 192 dias, Kallon marcou o segundo gol da vitória de Serra Leoa sobre o Congo por 2 a 0 pela Copa Africana de Nações. Atualmente o atacante joga pelo Mônaco, da França.
E, para finalizar, outro recorde que pertence ao futebol africano: o do jogador mais jovem a entrar em campo com sua equipe nacional. O meia togolês Souleymane Mamam (foto 3) jogou, no dia 6 de maio de 2001 com apenas 13 anos e 310 dias, uma partida contra a Zâmbia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Mamam, entretanto, não marcou. Hoje, o jogador defende as cores do Royal Antwerp, da Bélgica.
Eis um continente pobre de desenvolvimento humano, mas rico em história e curiosidades. Em uma publicação futura falarei especificamente de cada um destes recordes.
Foto 1: World Cup Archive
Foto 2: Uefa.com
Foto 3: Goal.com
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