Feriado de carnaval, muita folia, depois a quarta-feira de cinzas, um pouco de descanso e eis que estamos aqui de volta para contar mais histórias do futebol. Hoje, dia 27 de fevereiro, é uma data especial, dia em que um dos maiores laterais que já atuaram no esporte completa 80 anos de vida: Djalma Santos.
Seu nome no registro de nascimento é Dejalma dos Santos, natural da cidade de São Paulo e nascido em 27 de fevereiro de 1929. Enganam-se caso pensem que o ex-craque sempre atuou na lateral-direita. Na verdade nas categorias de base da Portuguesa de Desportos sua posição original era meio-campista. Sua estréia profissional pela Lusa aconteceu em 16 de agosto de 1948 em uma partida contra o Santos, cuja partida terminou 3 a 2 para os santistas. O time formou com Ivo, Lorico e Pedro; Djalma Santos, Silveira e Hélio; Renato, Pinga II, Pinga I, Nininho e Simão - pela formação deu para perceber que Djalma atuava na meia.
Entretanto em 1949, com a contusão do então lateral-direito Luizinho, Djalma Santos foi improvisado na posição para dar início à sua consagração mundial como jogador - e onde permanceceria até sua aposentadoria. Foi atuando na lateral que o jogador chegou à Seleção Brasileira em 1952, mais precisamente no dia 10 de abril, quando estreou num empate diante do Peru em 0 a 0. No time da zona norte paulistana foram 4 títulos, sendo 2 Torneios Rio-São Paulo e 2 Fitas Azuis**. Atuando pelo rubro-verde fez parte do plantel brasileiro campeão mundial em 1958, na Suécia. Tamanha era sua capacidade que mesmo atuando em uma única partida no Mundial - justamente a final contra os suecos em substituição ao titular machucado De Sordi - foi considerado o melhor lateral-direito da competição por sua genial atuação. Notabilizou-se também por executar cobranças de laterais com muita força, fazendo com que a bola alcançasse muitas vezes a marca do pênalti na grande área, tal qual um cruzamento. Em 1959, após 453 partidas (número só superado posteriormente pelo ex-volante Capitão), deixou a Portuguesa rumo ao Palmeiras por pouco menos de Cr$ 3.000,00, outro clube em que continuaria sua fantástica trajetória.
No alviverde passou os 9 anos mais gloriosos de sua carreira, onde conquistou mais títulos, entre eles 2 Taças Brasil e um Roberto Gomes Pedrosa - o precursor do atual Brasileirão. Com a camisa do Palmeiras consagrou-se como o primeiro jogador a vestir a camisa da Seleção pela 100ª vez, um feito até então, e ainda trouxe para casa o segundo título mundial para o Brasil. Foi ainda o primeiro brasileiro da história a integrar a seleção oficial da FIFA em 1963 em uma partida amistosa no lendário estádio de Wembley, em Londres.
Em 1968, já um veterano de 39 anos, despediu-se do Palmeiras após 498 atuações e assinou com o Atlético Paranaense. Para muitos seria um fim de carreira sem muito brilho para o grande lateral, porém provou em campo que ainda tinha muita bola nos pés quando levantou a taça de campeão estadual de 1970 - seu último título como jogador profissional. Com impressionantes 42 anos anunciou sua retirada dos gramados depois de 23 anos de carreira e deixou gravado para sempre na memória do público as majestosas atuações de um gênio da bola.
Após o fim de sua carreira tentou a vida de treinador, mas sem muito sucesso. Passou pelo próprio Atlético/PR, por times do Peru, Internacional de Bebedouro/SP, Sampaio Correa/MA, União de Mogi das Cruzes/SP e Vitória/BA. Atualmente vive em Uberaba/MG.
Pela Seleção Brasileira foram exatas 100 convocações e 3 gols marcados. Como já citado estreou em 1952, aos 23 anos, e só deixou a equipe 16 anos mais tarde, em 1968, com 39 - o recorde de longevidade com o selecionado jamais alcançado até os dias atuais - e imortalizou a camisa 4 verde e amarela. Participou de 4 Copas do Mundo: de 1954 a 1966. Tem em seu currículo além de 2 Copas do Mundo, mais outras 7 conquistas, dentre elas 3 Copas Rocca.
Nesta data especial para o futebol brasileiro o canal fechado Sportv exibirá um programa especial sobre a história deste monstro sagrado da bola às 23h30min (horário de Brasília). Um prato cheio para entusiastas da história do futebol, como eu, e uma justa homenagem para um jogador que tanto engrandeceu nosso futebol em mais de 2 décadas de uma vitoriosa carreira.
Abaixo, dados e estatísticas do aniversariante Djalma Santos, um dos maiores laterais da história do futebol.
* Nome: Dejalma dos Santos
* Nascimento: 27 de fevereiro de 1929 em São Paulo/SP
* Posição: lateral-direito
* Clubes (3): Portuguesa (1948/59), Palmeiras (1959/68) e Atlético/PR (1968/71)
* Títulos por clubes (12): Fita Azul** (1951 e 1953), Torneio Rio-São Paulo (1952, 1955 e 1965), Campeonato Paulista (1959, 1963 e 1966), Taça Brasil (1960 e 1967), Taça Roberto Gomes Pedrosa (1967) e Campeonato Paranaense (1970)
* Seleção Brasileira: 100 convocações e 3 gols entre 1952 e 1968
* Títulos pela Seleção Brasileira (9): Campeonato Pan-americano (1952), Taça Oswaldo Cruz (1955 e 1962), Copa Rocca (1957, 1960 e 1963), Copa do Mundo (1958 e 1962) e Taça Bernardo O'Higgins (1959)
* Conquista pessoal: Melhor lateral-direito da Copa de 1958
** Fita Azul: prêmio concedido pela CBD (antecessora da CBF) aos clubes de futebol que retornavam invictos ao Brasil após suas excursões internacionais.
Foto 1: Yahoo! Esportes
Foto 2: Globo.com
Seu nome no registro de nascimento é Dejalma dos Santos, natural da cidade de São Paulo e nascido em 27 de fevereiro de 1929. Enganam-se caso pensem que o ex-craque sempre atuou na lateral-direita. Na verdade nas categorias de base da Portuguesa de Desportos sua posição original era meio-campista. Sua estréia profissional pela Lusa aconteceu em 16 de agosto de 1948 em uma partida contra o Santos, cuja partida terminou 3 a 2 para os santistas. O time formou com Ivo, Lorico e Pedro; Djalma Santos, Silveira e Hélio; Renato, Pinga II, Pinga I, Nininho e Simão - pela formação deu para perceber que Djalma atuava na meia.
Entretanto em 1949, com a contusão do então lateral-direito Luizinho, Djalma Santos foi improvisado na posição para dar início à sua consagração mundial como jogador - e onde permanceceria até sua aposentadoria. Foi atuando na lateral que o jogador chegou à Seleção Brasileira em 1952, mais precisamente no dia 10 de abril, quando estreou num empate diante do Peru em 0 a 0. No time da zona norte paulistana foram 4 títulos, sendo 2 Torneios Rio-São Paulo e 2 Fitas Azuis**. Atuando pelo rubro-verde fez parte do plantel brasileiro campeão mundial em 1958, na Suécia. Tamanha era sua capacidade que mesmo atuando em uma única partida no Mundial - justamente a final contra os suecos em substituição ao titular machucado De Sordi - foi considerado o melhor lateral-direito da competição por sua genial atuação. Notabilizou-se também por executar cobranças de laterais com muita força, fazendo com que a bola alcançasse muitas vezes a marca do pênalti na grande área, tal qual um cruzamento. Em 1959, após 453 partidas (número só superado posteriormente pelo ex-volante Capitão), deixou a Portuguesa rumo ao Palmeiras por pouco menos de Cr$ 3.000,00, outro clube em que continuaria sua fantástica trajetória.
No alviverde passou os 9 anos mais gloriosos de sua carreira, onde conquistou mais títulos, entre eles 2 Taças Brasil e um Roberto Gomes Pedrosa - o precursor do atual Brasileirão. Com a camisa do Palmeiras consagrou-se como o primeiro jogador a vestir a camisa da Seleção pela 100ª vez, um feito até então, e ainda trouxe para casa o segundo título mundial para o Brasil. Foi ainda o primeiro brasileiro da história a integrar a seleção oficial da FIFA em 1963 em uma partida amistosa no lendário estádio de Wembley, em Londres.
Em 1968, já um veterano de 39 anos, despediu-se do Palmeiras após 498 atuações e assinou com o Atlético Paranaense. Para muitos seria um fim de carreira sem muito brilho para o grande lateral, porém provou em campo que ainda tinha muita bola nos pés quando levantou a taça de campeão estadual de 1970 - seu último título como jogador profissional. Com impressionantes 42 anos anunciou sua retirada dos gramados depois de 23 anos de carreira e deixou gravado para sempre na memória do público as majestosas atuações de um gênio da bola.
Após o fim de sua carreira tentou a vida de treinador, mas sem muito sucesso. Passou pelo próprio Atlético/PR, por times do Peru, Internacional de Bebedouro/SP, Sampaio Correa/MA, União de Mogi das Cruzes/SP e Vitória/BA. Atualmente vive em Uberaba/MG.
Pela Seleção Brasileira foram exatas 100 convocações e 3 gols marcados. Como já citado estreou em 1952, aos 23 anos, e só deixou a equipe 16 anos mais tarde, em 1968, com 39 - o recorde de longevidade com o selecionado jamais alcançado até os dias atuais - e imortalizou a camisa 4 verde e amarela. Participou de 4 Copas do Mundo: de 1954 a 1966. Tem em seu currículo além de 2 Copas do Mundo, mais outras 7 conquistas, dentre elas 3 Copas Rocca.
Nesta data especial para o futebol brasileiro o canal fechado Sportv exibirá um programa especial sobre a história deste monstro sagrado da bola às 23h30min (horário de Brasília). Um prato cheio para entusiastas da história do futebol, como eu, e uma justa homenagem para um jogador que tanto engrandeceu nosso futebol em mais de 2 décadas de uma vitoriosa carreira.
Abaixo, dados e estatísticas do aniversariante Djalma Santos, um dos maiores laterais da história do futebol.
* Nome: Dejalma dos Santos
* Nascimento: 27 de fevereiro de 1929 em São Paulo/SP
* Posição: lateral-direito
* Clubes (3): Portuguesa (1948/59), Palmeiras (1959/68) e Atlético/PR (1968/71)
* Títulos por clubes (12): Fita Azul** (1951 e 1953), Torneio Rio-São Paulo (1952, 1955 e 1965), Campeonato Paulista (1959, 1963 e 1966), Taça Brasil (1960 e 1967), Taça Roberto Gomes Pedrosa (1967) e Campeonato Paranaense (1970)
* Seleção Brasileira: 100 convocações e 3 gols entre 1952 e 1968
* Títulos pela Seleção Brasileira (9): Campeonato Pan-americano (1952), Taça Oswaldo Cruz (1955 e 1962), Copa Rocca (1957, 1960 e 1963), Copa do Mundo (1958 e 1962) e Taça Bernardo O'Higgins (1959)
* Conquista pessoal: Melhor lateral-direito da Copa de 1958
** Fita Azul: prêmio concedido pela CBD (antecessora da CBF) aos clubes de futebol que retornavam invictos ao Brasil após suas excursões internacionais.
Foto 1: Yahoo! Esportes
Foto 2: Globo.com
Um comentário:
Parabéns pelo blog. Bacana resgatar essas histórias do futebol.
Abraço.
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