Arie Haan (segundo da esq. para dir. na foto 1): ilustre visitante no RN
Há alguns dias Natal recebeu um ilustre visitante. Este renomado ex-jogador de futebol esteve no estádio Maria Lamas Farache, o Frasqueirão, em companhia de outro grande nome do esporte - o ex-lateral Marinho Chagas (primeiro à dir. na foto 1). Ele é holandês e fez parte da mítica Laranja Mecânica montada por Rinus Michels na década de 70. Trata-se do ex-meia Arie Haan, que recebeu um convite do potiguar Marinho e veio prestigiá-lo. Infelizmente, como a imprensa norte-riograndense, sobretudo a esportiva, ainda anda muito a par dos acontecimentos importantes em nosso estado, pouco noticiou-se sobre esta honrosa visita.
Haan veio dar um abraço em seu grande amigo de profissão e aproveitou para acompanhar a partida entre ABC e Potiguar de Mossoró, válida pela primeira rodada do Campeonato Potiguar. Após o fim da partida deve ter gostado do que viu, pois o alvinegro natalense não tomou conhecimento dos mossoroenses e aplicou uma sonora goleada de 6 a 0. Infelizmente, como já dito, a imprensa atuante no estádio pouco se importou com sua presença em campo, que certamente teria dado uma contribuição especial às matérias que seriam veiculadas no dia seguinte nos diversos meios de comunicação. Mas talvez muitos deles sequer soubessem que por trás daquele senhor loiro, "branquelo" e meio fora de forma como na foto 1 acima, estaria um dos grandes meias da história do futebol, que junto com o lendário Cruijff assombrou o mundo na Copa de 1974. Já que poucos sabem sobre Haan aqui no Rio Grande do Norte, este blog está aqui, no seu papel de levar a conhecimento de todos o que e quem fez história dentro dos gramados, para apresentá-lo.
Adrianus "Arie" Haan nasceu em Finsterwolde, cidade situada no nordeste da Holanda na província de Groningen, em 16 de novembro de 1948. Aos 20 anos assinou seu primeiro contrato profissional com o poderoso Ajax de Amsterdã, que viu no jovem zagueiro (que depois foi deslocado para o meio de campo) um talento fora do comum. E os Godenzonen não estavam enganados, pois Haan logo mostrou a que veio e em pouco mais de um ano de clube já era um dos destaques na conquista da Eredivisie, a primeira divisão holandesa. Tamanha a sua capacidade técnica que no ano em que debtuou como jogador já foi chamado para a seleção holandesa.
Haan permaneceu no Ajax até 1975, tendo ajudado o time nas conquistas de vários campeonatos nacionais, Copas, Super Copas e, principalmente, no tricampeonato europeu entre 1971 e 1973 e o Mundial Interclubes de 1972 vencendo o Independiente da Argentina. Sua segunda equipe seria o Anderlecht da Bélgica, que atuava numa liga inferior tecnicamente à holandesa, mas que não ofuscaria seu brilho dentro de campo. Com os Mauves et Blancs fez parte de um dos melhores grupos formados pela equipe em todos os tempos: foram mais duas Recopas Européias, duas Super Copas, e um título da Liga e outro da Copa belga. Ficou em Bruxelas até 1981, onde marcou 35 gols em 199 jogos, quando se transferiu para o rival Standard Liège.
Nos Rouches, onde permaneceu por 2 temporadas, continuou a ser imprescindível e foi peça importante na conquista do bicampeonato belga em 1982 e 1983. Depois seguiu para o PSV Eindhoven, já com 35 anos de idade, para uma única temporada sem o mesmo brilho de outrora. Pela primeira vez em sua carreira, Arie Haan passava por uma equipe sem levantar um único troféu. Em 1984 aventurou-se no futebol de Hong Kong, no Seiko SA, onde veio aposentar-se no ano seguinte aos 37 anos de vida.
Mal pendurou as chuteiras e Haan logo recebeu convite para enveredar na carreira de técnico. Iniciou sua trajetória no banco de reservas treinando o Royal Antwerp da Bélgica. Desde então comandou diversas equipes entre a Europa e a Ásia, entre elas as seleções da China, de Camarões, da Albânia e o Persepolis do Irã. Como treinador sua carreira não teve ainda o mesmo brilho como a de volante, cheia de glórias e títulos. Em 27 anos de autação foram apenas 2 títulos na Bélgica. Atualmente o ex-meia comanda o chinês Tianjin Teda da primeira divisão local.
Adrianus "Arie" Haan nasceu em Finsterwolde, cidade situada no nordeste da Holanda na província de Groningen, em 16 de novembro de 1948. Aos 20 anos assinou seu primeiro contrato profissional com o poderoso Ajax de Amsterdã, que viu no jovem zagueiro (que depois foi deslocado para o meio de campo) um talento fora do comum. E os Godenzonen não estavam enganados, pois Haan logo mostrou a que veio e em pouco mais de um ano de clube já era um dos destaques na conquista da Eredivisie, a primeira divisão holandesa. Tamanha a sua capacidade técnica que no ano em que debtuou como jogador já foi chamado para a seleção holandesa.
Haan permaneceu no Ajax até 1975, tendo ajudado o time nas conquistas de vários campeonatos nacionais, Copas, Super Copas e, principalmente, no tricampeonato europeu entre 1971 e 1973 e o Mundial Interclubes de 1972 vencendo o Independiente da Argentina. Sua segunda equipe seria o Anderlecht da Bélgica, que atuava numa liga inferior tecnicamente à holandesa, mas que não ofuscaria seu brilho dentro de campo. Com os Mauves et Blancs fez parte de um dos melhores grupos formados pela equipe em todos os tempos: foram mais duas Recopas Européias, duas Super Copas, e um título da Liga e outro da Copa belga. Ficou em Bruxelas até 1981, onde marcou 35 gols em 199 jogos, quando se transferiu para o rival Standard Liège.
Nos Rouches, onde permaneceu por 2 temporadas, continuou a ser imprescindível e foi peça importante na conquista do bicampeonato belga em 1982 e 1983. Depois seguiu para o PSV Eindhoven, já com 35 anos de idade, para uma única temporada sem o mesmo brilho de outrora. Pela primeira vez em sua carreira, Arie Haan passava por uma equipe sem levantar um único troféu. Em 1984 aventurou-se no futebol de Hong Kong, no Seiko SA, onde veio aposentar-se no ano seguinte aos 37 anos de vida.
Mal pendurou as chuteiras e Haan logo recebeu convite para enveredar na carreira de técnico. Iniciou sua trajetória no banco de reservas treinando o Royal Antwerp da Bélgica. Desde então comandou diversas equipes entre a Europa e a Ásia, entre elas as seleções da China, de Camarões, da Albânia e o Persepolis do Irã. Como treinador sua carreira não teve ainda o mesmo brilho como a de volante, cheia de glórias e títulos. Em 27 anos de autação foram apenas 2 títulos na Bélgica. Atualmente o ex-meia comanda o chinês Tianjin Teda da primeira divisão local.
Na seleção da Holanda recebeu sua primeira convocação em 1969 e com a Laranja Mecânica encantou o mundo do futebol com o conhecido "futebol total" montado pelo não menos lendário treinador Rinus Michels, na equipe que ficou conhecida como Carrossel Holandês e que ficou com o vice-campeonato mundial em 1974 e 1978. Haan atuou ao lado de estrelas do quilate de Resenbrink, Rep, Neeskens, dos irmãos Willy e René van de Kerkhof, Krol e do gênio Cruijff, o maior deles todos. Pela Holanda, marcou 6 gols em 35 jogos em 14 anos de serviços.
Muito prazer, este é Arie Haan! E para que conheçam ainda mais o inquestionável Haan e do que ele foi capaz dentro dos campos, abaixo estão seus dados e estatísticas.
* Nome: Adrianus "Arie" Haan
* Nascimento: 16 de novembro de 1948 em Finsterwolde/HOL
* Posição: zagueiro/meia
* Clubes como jogador (5): Ajax (1969 a 1975), Anderlecht/BEL (1975 a 1981), Standard Liège/BEL (1981 a 1983), PSV Eindhoven (1983 a 1984) e Seiko SA/HKG (1984 a 1985)
* Títulos como jogador (18): Campeonato Holandês (1969/70, 1971/72 e 1972/73), Copa da Holanda (1969/70, 1970/71 e 1971/72), Copa dos Campeões da Europa (1970/71, 1971/72 e 1972/73), Mundial Interclubes (1972), Campeonato Belga (1975/76, 1981/82 e 1982/83), Copa da Bélgica (1976), Recopa Européia (1975/76 e 1977/78) e Super Copa da UEFA (1976 e 1978)
* Seleção holandesa: 35 jogos e 5 gols entre 1969 e 1983
* Clubes/seleções como treinador (15): Royal Antwerp/BEL (1984 a 1985), Anderlecht/BEL (1986 a 1987 e 1997 a 1998), Stuttgart/ALE (1987 a 1990), Nuremberg/ALE (1990 a 1991), Standard Liège/BEL (1991 a 1993), PAOK/GRE (1994 a 1995), Feyenoord (1995 a 1997), Omonia Nicosia/CHP (2000), Austria Wien (2001), Seleção da China (2002 a 2004), Persepolis/IRA (2006), Seleção de Camarões (2006 a 2007), Seleção da Albânia (2008 a 2009), Chongqing Lifan/CHN (2009) e Tianjin Teda/CHN (desde 2009)
* Títulos como treinador (2): Campeonato Belga (1985/86) e Copa da Bélgica (1993)
Foto 1: UOL Esportes
Foto 2: Verjaardagsregister
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