domingo, 16 de março de 2014

DE PAI PRA FILHO II


Feito histórico: o agora ex-jogador Rivaldo atuando ao lado de seu filho Rivaldo Júnior




Mais um craque anunciou sua despedida dos gramados. Neste sábado o agora ex-meia Rivaldo anunciou sua aposentadoria aos 41 anos de idade e daqui por diante seguirá com sua carreira de cartola dirigindo o Mogi-Mirim, clube que o revelou para o Brasil e no qual também fez sua última partida.

Rivaldo Vítor Borba Ferreira, nascido em Paulista/PE em 19 de abril de 1972 ganhou o mundo da bola nos anos 90 e começo dos 2000. Começou sua carreira no Santa Cruz de Pernambuco, mas seu nome veio aparecer de verdade no Mogi Mirim, time que ficou famoso como o "Carrossel Caipira" em 1992 juntamente com os meias Leto e Válber. 

Passou com brilho por Corinthians, Palmeiras, Deportivo La Coruña, Barcelona e seleção brasileira. Neste período faturou uma Copa do Mundo e o título de melhor jogador do planeta em 1999. Outras passagens foram mais discretas como no Milan e no Olympiakos da Grécia, apesar de também ser ídolo por lá. Já o final de carreira foi um tanto melancólico com atuações por times obscuros ou de menor expressão (à exceção do São Paulo, obviamente) como Bunyodkor do Uzbequistão, Kabuscorp de Angola e São Caetano.

Mas Rivaldo não colecionou apenas jogadas geniais, brilho, belos gols e troféus. Justamente em sua última partida conseguiu um feito histórico e que muitos atletas sonham com ele: o de atuar com seu filho em uma partida. Aconteceu justamente na última de sua carreira de 22 anos dentro dos gramados contra o São Bernardo pelo Campeonato Paulista deste ano em 18 de fevereiro no empate por 1 a 1. O pai chegou a dar um passe para o filho Rivaldo Júnior, atacante de 18 anos, mas que não resultou em nada.

Confira abaixo o momento em que o fato histórico ocorreu.





Outro caso famoso, e já contado aqui no blog, aconteceu com a estrela islandesa Eiður Guðjohnsen, hoje atuando pelo Club Brugge/BEL, em 1996. O ex-atacante do Chelsea e do Barcelona não chegou a atuar junto com seu pai Arnór, mas ambos foram convocados para o mesmo jogo e o filho substituiu o pai no segundo tempo.

Por isso republicamos a postagem de 19 de outubro de 2007 que trata deste outro acontecimento incomum no futebol que uniu pai e filho numa mesma equipe.

Obs.: Com fotos e dados atualizados.



DE PAI PARA FILHO

Por Carlos Henrique



Arnór (1ª foto) e Eidur Gudjohnsen (2ª foto): pai e filho juntos no futebol




Nada deve ser mais emocionante para um pai que ver seu filho brilhar no esporte. Falando especificamente do futebol temos alguns bons exemplos de filhos que fizeram por merecer a alcunha do pai, tais como Domingos da Guia e seu filho Ademir, o croata Zlatko Kranjcar e seu filho Niko (recém técnico e jogador da Croácia na Copa de 2006, respectivamente), os italianos Cesare e Paolo Maldini, os uruguaios Pablo e Diego Forlán, entre outros.

Porém, nenhum deles chegou a ter, além da satisfação de ver o brilho de seus rebentos, a sensação que o islandês Arnór Gudjohnsen teve em sua carreira. Era a data de 24 de abril de 1996, Arnór começava mais uma partida como jogador da seleção islandesa. Com quase 35 anos e jogador do Örebro, da Suécia, o veterano viajara com seus companheiros para Tallin, na Estônia, para um amistoso contra a seleção local. Entretanto, poucos sabiam que no grupo de selecionáveis islandeses estava uma jovem revelação: Eidur Gudjohnsen, então com 17 anos e jogador do PSV Eidhoven, figurava no banco de reservas.

A alegria do papai Arnór já era imensa só com a presença do filho no banco, como se era de esperar. Mas o destino quis mais. O filho Eidur substituiu o próprio experiente pai no segundo tempo, entrando ambos assim para a história do futebol mundial como os únicos pai/filho a entrarem em campo vestindo a camisa da mesma seleção na mesma partida, apesar de não terem atuado juntos. O jogo terminou 3 a 2 para os islandeses e o pai deixou o seu. O gol, logicamente, foi dedicado ao seu filho, que o orgulha hoje envergando a camisa grená do poderoso Barcelona (editado: Depois do Barcelona, Gudjohnsen atuou por Monaco/FRA, Tottenham/ING, Stoke/ING, Fulham/ING, AEK Atenas/GRE, Cercle Brugge/BEL e atualmente Club Brugge/BEL).

Entretanto, nunca chegaram a jogarem juntos, pois o jovem Eidur Gudjohnsen teve um sério problema no tornozelo que o deixou parado por quase 2 anos. Arnór pendurou as chuteiras aos 40 anos, em 2001, sem o gostinho de jogar futebol profissional ao lado do seu filho.


Dados de ambos:

* Nome: Eiður Smári Guðjohnsen 

* Nascimento: 15/09/1978 em Reykjavík/ISL

* Posição: Atacante

* Clubes (13): Valur (1994 a 1995), PSV Eidhoven/HOL (1995 a 1997), KR Reykjavík (1998), Bolton/ING (1998 a 2000), Chelsea/ING (2000 a 2006), Barcelona/ESP (2006 a 2009), Monaco/FRA (2009 a 2010), Tottenham/ING (2010), Stoke City/ING (2010 a 2011), Fulham/ING (2011), AEK Atenas/GRE (2011 a 2012), Cercle Brugge/BEL (2012 a 2013) e Club Brugge/BEL (desde 2013)


* Títulos (14): KNVB Cup (1995/96), Supercopa da Holanda (1996), Campeonato Holandês (1996/97), FA Community Shield (2000 e 2005), Campeonato Inglês (2004/05 e 2005/06), Copa da Liga Inglesa (2004/05), Supercopa da Espanha (2006 e 2009), Campeonato Espanhol (2008/09), Copa do Rei (2008/09), Liga dos Campeões da Europa (2008/09) e Supercopa da UEFA (2009)

* Seleção islandesa: 78 convocações e 24 gols (de 1996 até 15/03/2014)


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* Nome: Arnór Guðjohnsen 

* Nascimento: 30 de abril de 1961 em Reykjavík/ISL

* Posição: Atacante

* Clubes (8): Vikingur (1978), Lokeren/BEL (1978 a 1983), Anderlecht/BEL (1983 a 1990), Bordeaux/FRA (1990 a 1992), Häcken/SUE (1993), Örebro/SUE (1994 a 1998), Valur (1998 a 2000) e Srjarnan (2001)

* Títulos (8): Campeonato Belga (1985, 1986 e 1987), Supercopa da Bélgica (1985, 1986 e 1987) e Copa da Bélgica (1988 e 1989)

* Seleção islandesa: 74 convocações e 14 gols  entre 1979 a 1997



Foto 1: Cláudio Versiani/CB/D.A Press
Foto 2: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press
Foto 3: Yotufutbol.com
Foto 4: Daily Mail

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