É com imenso pesar que mais uma vez este blog vem publicar o falecimento de um grande jogador. Na semana passada comentamos a morte do ex-zagueiro belga Leo Clijsters vitimado pelo câncer. Nesta segunda-feira, dia 12, o futebol perdeu mais um de seus ilustres praticantes: Friaça, ex-jogador de Vasco, São Paulo, Ponte Preta, Guarani e Seleção Brasileira, aos 84 anos de falência múltipla de órgãos. O ponta-direita ficou bastante conhecido por ter sido o autor do único gol do Brasil na fatídica final da Copa de 1950 (foto 2), em pleno Maracanã, diante do Uruguai no jogo que ficou conhecido como Maracanazo.
Albino Friaça Cardoso nasceu em Porciúncula, interior do Rio de Janeiro, no dia 20 de outubro de 1924. Dono de uma perna direita poderosíssima, de uma velocidade fora do comum e de grande habilidade e versatilidade (podia atuar tanto no lado direito como no esquerdo) logo foi aceito para jogar no Vasco da Gama em 1943, seu primeiro clube profissional e onde fez parte do famoso "Expresso da Vitória" que dominaria o futebol carioca naquela década e conquistaria muitos títulos - inclusive um torneio internacional entre clubes campeões da América do Sul em 1948 que os dirigentes até hoje reivindicam como uma "Libertadores da América", mas que não tem o reconhecimento da CONMEBOL, tampouco da FIFA. Com os vascaínos foram 6 títulos em 9 anos até 1949, quando se transferiu para o São Paulo.
Com o reforço de Friaça o tricolor paulista "barbarizou os adversários", como dizia a imprensa da época a respeito da grande técnica do jogador, e levantou o troféu de campeão estadual em 1949 - seu último título em nível de clube em sua carreira. Nesse mesmo torneio o "Artilheiro voador" sagrou-se o goleador máximo com 24 gols marcados. Em 1950 transfere-se para a Ponte Preta de Campinas, mas sua passagem pela Macaca é curta e logo retorna ao Vasco da Gama no mesmo ano. Em São Januário permanece por mais 2 anos até se transferir novamente para o alvinegro campineiro, onde mais uma vez tem uma pequena estada. O bom filho à casa torna, já diz o velho ditado, e o Vasco era novamente sua casa entre 1953 e 1954. Por fim, encerra sua brilhante trajetória no Guarani de Campinas em 1958 aos 34 anos de idade.
Pela Seleção Brasileira Friaça atuou em 13 ocasiões e marcou um único gol - justamente o da final da Copa do Mundo de 1950 contra os uruguaios em que os brasileiros foram derrotados por 2 a 1. Venceu ainda duas Copas Rio Branco e um torneio panamericano com o selecionado nacional.
Após o fim de sua carreira abriu uma loja de material de construção em Itaperuna/RJ onde a administrava com seus filhos. Sua saúde começou a se deteriorar após a traumática perda de um de seus filhos em um acidente de asa delta em meados dos anos 90. A partir de então passou a ser consumidor excessivo de bebidas alcoólicas e cigarros. Estava internado no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, há 45 dias em consequência de uma pneumonia, que culminou em seu falecimento na manhã do dia 12.
Agora Friaça arrancará suspiros das arquibancadas, como era carinhosamente considerado por todos que acompanhavam o seu grande futebol, no andar de cima em companhia de outras grandes feras brasileiras da bola como Garrincha, Didi, Dida, Zizinho, Leônidas, entre tantos outros.
Abaixo, dados e estatísticas de Friaça, "Artilheiro Voador":
* Nome: Albino Friaça Cardoso
* Nascimento: 20 de outubro de 1924 em Porciúncula/RJ
* Posição: ponta-direita
* Clubes (4): Vasco da Gama (1943/49 - 1951/52 - 1953/54), São Paulo (1949/50), Ponte Preta (1950 e 1953) e Guarani (1957/58)
* Seleção Brasileira: 13 jogos e um gol
* Títulos (11): Campeonato Carioca (1945 e 1947), Torneio Relâmpago (1946), Torneio Municipal (1946/47), Copa Rio Branco (1947 e 1950), Campeonato Sul-americano de clubes (1948), Campeonato Paulista (1949), Taça Oswaldo Cruz (1950) e Campeonato Pan-americano (1952)
* Conquista pessoal: Artilheiro do Campeonato Paulista de 1949 (24 gols)
Foto 1: Flickr
Foto 2: Blog do Milton Neves
Albino Friaça Cardoso nasceu em Porciúncula, interior do Rio de Janeiro, no dia 20 de outubro de 1924. Dono de uma perna direita poderosíssima, de uma velocidade fora do comum e de grande habilidade e versatilidade (podia atuar tanto no lado direito como no esquerdo) logo foi aceito para jogar no Vasco da Gama em 1943, seu primeiro clube profissional e onde fez parte do famoso "Expresso da Vitória" que dominaria o futebol carioca naquela década e conquistaria muitos títulos - inclusive um torneio internacional entre clubes campeões da América do Sul em 1948 que os dirigentes até hoje reivindicam como uma "Libertadores da América", mas que não tem o reconhecimento da CONMEBOL, tampouco da FIFA. Com os vascaínos foram 6 títulos em 9 anos até 1949, quando se transferiu para o São Paulo.
Com o reforço de Friaça o tricolor paulista "barbarizou os adversários", como dizia a imprensa da época a respeito da grande técnica do jogador, e levantou o troféu de campeão estadual em 1949 - seu último título em nível de clube em sua carreira. Nesse mesmo torneio o "Artilheiro voador" sagrou-se o goleador máximo com 24 gols marcados. Em 1950 transfere-se para a Ponte Preta de Campinas, mas sua passagem pela Macaca é curta e logo retorna ao Vasco da Gama no mesmo ano. Em São Januário permanece por mais 2 anos até se transferir novamente para o alvinegro campineiro, onde mais uma vez tem uma pequena estada. O bom filho à casa torna, já diz o velho ditado, e o Vasco era novamente sua casa entre 1953 e 1954. Por fim, encerra sua brilhante trajetória no Guarani de Campinas em 1958 aos 34 anos de idade.
Pela Seleção Brasileira Friaça atuou em 13 ocasiões e marcou um único gol - justamente o da final da Copa do Mundo de 1950 contra os uruguaios em que os brasileiros foram derrotados por 2 a 1. Venceu ainda duas Copas Rio Branco e um torneio panamericano com o selecionado nacional.
Após o fim de sua carreira abriu uma loja de material de construção em Itaperuna/RJ onde a administrava com seus filhos. Sua saúde começou a se deteriorar após a traumática perda de um de seus filhos em um acidente de asa delta em meados dos anos 90. A partir de então passou a ser consumidor excessivo de bebidas alcoólicas e cigarros. Estava internado no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, há 45 dias em consequência de uma pneumonia, que culminou em seu falecimento na manhã do dia 12.
Agora Friaça arrancará suspiros das arquibancadas, como era carinhosamente considerado por todos que acompanhavam o seu grande futebol, no andar de cima em companhia de outras grandes feras brasileiras da bola como Garrincha, Didi, Dida, Zizinho, Leônidas, entre tantos outros.
Abaixo, dados e estatísticas de Friaça, "Artilheiro Voador":
* Nome: Albino Friaça Cardoso
* Nascimento: 20 de outubro de 1924 em Porciúncula/RJ
* Posição: ponta-direita
* Clubes (4): Vasco da Gama (1943/49 - 1951/52 - 1953/54), São Paulo (1949/50), Ponte Preta (1950 e 1953) e Guarani (1957/58)
* Seleção Brasileira: 13 jogos e um gol
* Títulos (11): Campeonato Carioca (1945 e 1947), Torneio Relâmpago (1946), Torneio Municipal (1946/47), Copa Rio Branco (1947 e 1950), Campeonato Sul-americano de clubes (1948), Campeonato Paulista (1949), Taça Oswaldo Cruz (1950) e Campeonato Pan-americano (1952)
* Conquista pessoal: Artilheiro do Campeonato Paulista de 1949 (24 gols)
Foto 1: Flickr
Foto 2: Blog do Milton Neves
Um comentário:
Vale um comentário: Tesourinha, ex-ídolo do Inter era o ídolo do Vasco na época e titular absoluto da Seleção Brasileira. Ele se machucou em uma dividida com... Friaça! Este foi coincidentemente o seu substituto na Copa de 1950... Zizinho sempre dizia que se Osmar Fortes Barcelos tivesse jogado, a história talvez fosse outra...
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