Diego Forlán: resgate da mítica camisa uruguaia
A Copa 2010 acabou, a Espanha entrou para o seleto clube dos campeões mundiais, a Holanda amargou mais um vice-campeonato (o seu terceiro), tivemos algumas boas revelações como os alemães Thomas Müller, Mehzut Özil e Sami Khedira, o japonês Keisuke Honda e o sul-africano Siphiwe Tshabalala, entre outras coisas.
Serviu também para consagrar definitivamente grandes jogadores como os holandeses Wesley Snejder e Arjen Robben, o alemão Bastian Schweinsteiger, os espanhóis Xavi Hernández, Andrés Iniesta (autor do gol do título), Iker Casillas e David Villa, e principalmente o uruguaio Diego Forlán, que é assunto da nossa publicação de hoje.
Forlán foi eleito o melhor jogador do último mundial surpreendendo muita gente que esperava que a honra fosse cedida a um jogador que vencesse a grande final. Porém o prêmio dado ao uruguaio foi bem aceita pela crítica esportiva de modo geral pelo excelente trabalho que o atacante fez na competição, levando de forma heróica e carregando seu time praticamente sozinho nas costas rumo ao honroso 4º lugar.
Diego Martín Forlán Corazo nasceu na cidade de Montevidéu, capital do Uruguai, no dia 19 de maio de 1979. É filho do ex-jogador Pablo Forlán, que atuou, entre outros clubes, pelo São Paulo e pelo Cruzeiro nos anos 70 além de ter vestido a camisa da Celeste Olímpica nas Copas de 1966 e 1974. Curiosamente quando garoto demonstrava ser um exímio jogador de tênis, seu esporte predileto àquela época. Entretanto também parecia ter herdado o dom do bom futebol do pai quando jogava suas peladas com os amigos. Mas um grave acidente com sua irmã Alejandra, que a deixou em estado crítico durante vários meses, forçou Diego Forlán a seguir o caminho futebolístico e entrar nas categorias de base do Peñarol, já que trilhar o sucesso com a raquete seria bem mais difícil. De lá ainda seguiu para os juvenis do Danubio e do Argentino Independiente, onde assinou seu primeiro contrato profissional em 1998.
Com os Diablos Rojos não conseguiu nenhum título, contudo deixou ótima impressão nos 3 anos que permaneceu por lá anotando 37 gols em 80 jogos oficiais. Tal performance chamou a atenção de ninguém menos que Sir Alex Ferguson, técnico do poderoso Manchester United da Inglaterra, sabidamente um descobridor de jovens talentos. Em 2002 o promissor atacante arrumava suas malas rumo a Old Trafford.
Com os Red Devils a adptação foi um pouco difícil. Estreou com a camisa do United em janeiro contra o Bolton Wanderers, mas só veio marcar seu primeiro gol em setembro cobrando um pênalti na partida diante do Maccabi Haifa de Israel, válida pela Liga dos Campeões da Europa. A escassez de gols da então jovem promessa começava a irritar os torcedores do clube. Chegou a ter uma boa sequência durante a temporada 2003/2004, quando anotou gols importantes contra Aston Villa, Chelsea e Liverpool, mas a chegada de Wayne Rooney em 2004 minou de vez as chances do atacante uruguaio em Manchester. Mesmo com seu pouco aproveitamento na Inglaterra conquistou um título da Premier League, uma FA Cup e uma FA Community Shield (a Supercopa de lá).
A saída foi se transferir para o Villareal da Espanha, time emergente que estava montando uma boa equipe para a disputa do campeonato local. A aposta do Submarino Amarelo não foi errada, já que na mesma temporada em que aportou em solo espanhol faturou o Troféu Pichichi, dado ao artilheiro máximo da liga nacional. Na ocasião foram 25 gols em 38 partidas, que ajudou o clube da pequena cidade de Vila-real a se classificar pela primeira vez em sua história para a fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa. Nesta mesma temporada Forlán ainda dividiu a Chuteira de Ouro européia com o francês Thierry Henry como maior goleador do futebol do continente.
Na temporada 2006/07 mais uma vez seus gols ajudaram o Submarino a ficar nas primeiras colocações da tabela da La Liga e o credenciaram a vestir a camisa de um time bem mais tradicional: o Atlético de Madrid. O clube da capital investiu pesado na contratação de Diego Forlán, cerca de 21 milhões de euros, para substituir Fernando Torres, que fora recém-negociado com o inglês Liverpool.
Com os Colchoneros teve um primeiro semestre de adaptação e não se destacou tanto como era esperado. Mas a temporada seguinte provou que o uruguaio tem faro de gol e mais uma vez o premiou com seu segundo Pichichi com 32 gols anotados e também o agraciou com sua segunda "Chuteira de Ouro". Em 12 de maio deste ano foi peça chave na conquista da Liga Europa pelo Atlético diante do Fulham na HSH Nordbank Arena de Hamburgo, na Alemanha. Este foi o seu maior troféu em 12 anos de carreira profissional. A tal aposta novamente deu certo.
Pela seleção uruguaia Forlán estreou em 2002 e no mesmo ano já defendia seu país na Copa de 2002, quando até marcou um gol contra Senegal no empate por 3 a 3 - naquela ocasião sua equipe sequer passou da primeira fase. No total foram 69 jogos e 29 gols marcados com a Celeste Olímpica (dados até 13/07/2010). Uma curiosidade a respeito de sua trajetória com a bicampeã mundial é que em 2002, durante a Copa, enfrentou a França na fase de grupos, que tinha em seu plantel o meia Youri Djorkaeff. Em 1996 pela mesma competição os pais de ambos, Pablo e Jean, também se enfrentaram por seus respectivos países na fase inicial.
Títulos pelo selecionado Diego Forlán não possui, mas conseguiu sua honra pessoal máxima ao ser proclamado o melhor jogador do último mundial da África do Sul, à frente dos espanhóis Villa, Xavi e Iniesta, do alemão Müller e do holandês Snejder, e de ter sido um dos artilheiros do torneio com 5 gols. Para quem teve no passado grandes jogadores como Obdulio Varela, Gigghia, Schiaffino, Rubén Sosa e Enzo Francescoli, Diego Forlán e o ano de 2010 são a prova do importante resgate da rica e tradicional história do futebol uruguaio.
Abaixo, dados e estatísticas do melhor jogador da Copa do Mundo de 2010.
Serviu também para consagrar definitivamente grandes jogadores como os holandeses Wesley Snejder e Arjen Robben, o alemão Bastian Schweinsteiger, os espanhóis Xavi Hernández, Andrés Iniesta (autor do gol do título), Iker Casillas e David Villa, e principalmente o uruguaio Diego Forlán, que é assunto da nossa publicação de hoje.
Forlán foi eleito o melhor jogador do último mundial surpreendendo muita gente que esperava que a honra fosse cedida a um jogador que vencesse a grande final. Porém o prêmio dado ao uruguaio foi bem aceita pela crítica esportiva de modo geral pelo excelente trabalho que o atacante fez na competição, levando de forma heróica e carregando seu time praticamente sozinho nas costas rumo ao honroso 4º lugar.
Diego Martín Forlán Corazo nasceu na cidade de Montevidéu, capital do Uruguai, no dia 19 de maio de 1979. É filho do ex-jogador Pablo Forlán, que atuou, entre outros clubes, pelo São Paulo e pelo Cruzeiro nos anos 70 além de ter vestido a camisa da Celeste Olímpica nas Copas de 1966 e 1974. Curiosamente quando garoto demonstrava ser um exímio jogador de tênis, seu esporte predileto àquela época. Entretanto também parecia ter herdado o dom do bom futebol do pai quando jogava suas peladas com os amigos. Mas um grave acidente com sua irmã Alejandra, que a deixou em estado crítico durante vários meses, forçou Diego Forlán a seguir o caminho futebolístico e entrar nas categorias de base do Peñarol, já que trilhar o sucesso com a raquete seria bem mais difícil. De lá ainda seguiu para os juvenis do Danubio e do Argentino Independiente, onde assinou seu primeiro contrato profissional em 1998.
Com os Diablos Rojos não conseguiu nenhum título, contudo deixou ótima impressão nos 3 anos que permaneceu por lá anotando 37 gols em 80 jogos oficiais. Tal performance chamou a atenção de ninguém menos que Sir Alex Ferguson, técnico do poderoso Manchester United da Inglaterra, sabidamente um descobridor de jovens talentos. Em 2002 o promissor atacante arrumava suas malas rumo a Old Trafford.
Com os Red Devils a adptação foi um pouco difícil. Estreou com a camisa do United em janeiro contra o Bolton Wanderers, mas só veio marcar seu primeiro gol em setembro cobrando um pênalti na partida diante do Maccabi Haifa de Israel, válida pela Liga dos Campeões da Europa. A escassez de gols da então jovem promessa começava a irritar os torcedores do clube. Chegou a ter uma boa sequência durante a temporada 2003/2004, quando anotou gols importantes contra Aston Villa, Chelsea e Liverpool, mas a chegada de Wayne Rooney em 2004 minou de vez as chances do atacante uruguaio em Manchester. Mesmo com seu pouco aproveitamento na Inglaterra conquistou um título da Premier League, uma FA Cup e uma FA Community Shield (a Supercopa de lá).
A saída foi se transferir para o Villareal da Espanha, time emergente que estava montando uma boa equipe para a disputa do campeonato local. A aposta do Submarino Amarelo não foi errada, já que na mesma temporada em que aportou em solo espanhol faturou o Troféu Pichichi, dado ao artilheiro máximo da liga nacional. Na ocasião foram 25 gols em 38 partidas, que ajudou o clube da pequena cidade de Vila-real a se classificar pela primeira vez em sua história para a fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa. Nesta mesma temporada Forlán ainda dividiu a Chuteira de Ouro européia com o francês Thierry Henry como maior goleador do futebol do continente.
Na temporada 2006/07 mais uma vez seus gols ajudaram o Submarino a ficar nas primeiras colocações da tabela da La Liga e o credenciaram a vestir a camisa de um time bem mais tradicional: o Atlético de Madrid. O clube da capital investiu pesado na contratação de Diego Forlán, cerca de 21 milhões de euros, para substituir Fernando Torres, que fora recém-negociado com o inglês Liverpool.
Com os Colchoneros teve um primeiro semestre de adaptação e não se destacou tanto como era esperado. Mas a temporada seguinte provou que o uruguaio tem faro de gol e mais uma vez o premiou com seu segundo Pichichi com 32 gols anotados e também o agraciou com sua segunda "Chuteira de Ouro". Em 12 de maio deste ano foi peça chave na conquista da Liga Europa pelo Atlético diante do Fulham na HSH Nordbank Arena de Hamburgo, na Alemanha. Este foi o seu maior troféu em 12 anos de carreira profissional. A tal aposta novamente deu certo.
Pela seleção uruguaia Forlán estreou em 2002 e no mesmo ano já defendia seu país na Copa de 2002, quando até marcou um gol contra Senegal no empate por 3 a 3 - naquela ocasião sua equipe sequer passou da primeira fase. No total foram 69 jogos e 29 gols marcados com a Celeste Olímpica (dados até 13/07/2010). Uma curiosidade a respeito de sua trajetória com a bicampeã mundial é que em 2002, durante a Copa, enfrentou a França na fase de grupos, que tinha em seu plantel o meia Youri Djorkaeff. Em 1996 pela mesma competição os pais de ambos, Pablo e Jean, também se enfrentaram por seus respectivos países na fase inicial.
Títulos pelo selecionado Diego Forlán não possui, mas conseguiu sua honra pessoal máxima ao ser proclamado o melhor jogador do último mundial da África do Sul, à frente dos espanhóis Villa, Xavi e Iniesta, do alemão Müller e do holandês Snejder, e de ter sido um dos artilheiros do torneio com 5 gols. Para quem teve no passado grandes jogadores como Obdulio Varela, Gigghia, Schiaffino, Rubén Sosa e Enzo Francescoli, Diego Forlán e o ano de 2010 são a prova do importante resgate da rica e tradicional história do futebol uruguaio.
Abaixo, dados e estatísticas do melhor jogador da Copa do Mundo de 2010.
* Nome: Diego Martín Forlán Corazo
* Nascimento: 19 de maio de 1979 em Montevidéu/URU
* Posição: atacante
* Clubes (4): Independiente/ARG (1998 a 2002), Manchester United/ING (2002 a 2004), Villareal/ESP (2004 e 2007) e Atlético de Madrid (desde 2007)
* Títulos (5): Campeonato Inglês (2002/03), FA Community Shield (2003), FA Cup (2003/04), Copa Intertoto (2004) e Liga Europa (2009/10)
* Seleção uruguaia: 69 jogos e 29 gols desde 2002
* Honras pessoais (3): Troféu Pichichi (2004/05 e 2008/09), Chuteira de Ouro da Europa (2004/05 e 2008/09) e Bola de Ouro da Copa do Mundo (2010)
Foto: Novinite
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