Acabou há algumas horas em Wellington a partida final entre Nova Zelândia e Bahrein, válida pela repescagem da Oceania e da Ásia para a Copa do Mundo de 2010, com vitória dos neozelandeses por 1 a 0 - gol de Rory Fallon, jogador do Plymouth Argile da Inglaterra. Com o placar a seleção dona da casa carimbou seu passaporte para a África do Sul após 28 anos de ausência e tornou-se a 24ª equipe classificada para o torneio no próximo ano.
Vamos agora conhecer um pouco da história e relembrar a passagem dos Kiwis pela Copa de 1982?
A Nova Zelândia é uma das nações mais bonitas e de melhor qualidade de vida para seus habitantes no planeta. Possui clima temperado e está situada no sudoeste do Oceano Pacífico compreendendo duas principais ilhas (comumente chamadas de Ilha Norte e Ilha Sul). O país é notável por seu isolamento geográfico: está situado a cerca de 2000 km a sudeste de Austrália no mar da Tasmânia, e os seus vizinhos mais próximos são ao norte as Ilhas Fiji, a Nova Caledónia e Tonga. É uma democracia parlamentar independente, apesar de ser oficialmente uma monarquia constitucional, do qual o chefe de Estado titular é a rainha Elisabeth II da Inglaterra, que é representada pela Governadora-Geral Silvia Cartwright. Possui um dos mais altos índices de desenvolvimento humano (IDH) do mundo, tem uma economia forte e sólida baseada na indústria e sua moeda é o Dólar Neozelandês.
Entrando no assunto futebol associação local é uma das mais antigas do mundo, tendo iniciado suas atividades em 1891, e é uma das fundadoras da OFC - a Federação de Futebol da Oceania. Entretanto sua filiação à FIFA ocorreu apenas em 1948. Curiosamente o presidente da New Zealand Football, Frank van Hattum, foi um dos goleiros presentes na histórica participação neozelandesa na Copa da Espanha. Na sua história os All Whites ("Todos Brancos" em alusão ao seu uniforme predominantemente branco) apenas fizeram figuração em todos os torneios disputador - à exceção, óbvio, da Copa das Nações da Oceania, quando levaram o título em 4 ocasiões. Foram 3 Copas das Confederações (1999, 2003 e 2009) e uma Copa do Mundo (1982) e em todas as oportunidades sequer passaram da primeira fase. Tamanha a inexpressividade da equipe em torneios organizados pela FIFA apenas veio marcar seu primeiro ponto no empate de 0 a 0 com o Iraque neste ano na Copa das Confederações realizada na África do Sul - resultado esse intensamente comemorado pelos neozelandeses.
Muito dessa inexperiência e inferioridade técnica do futebol da seleção da Nova Zelândia se deve ao esmagador apoio do público ao rugby, o esporte mais popular do país. Com o All Blacks (também devido ao uniforme todo na cor preta da seleção de rugby) sim há grande experiência e conquistas no currículo da seleção, inclusive com título mundiais. Aliado a isso vale salientar que muitos dos atletas são semi-profissionais, ou seja, possuem outra ocupação afora o futebol. Entretanto alguns jogadores já começaram a atuar em centros futebolísticos mais avançados, como o atacante Chris Killen, que veste a camisa do escocês Celtic, o zagueiro Ryan Nielsen, do inglês Blackburn Rovers, e do já citado Rory Fallon, do também britânico Plymouth - todos apenas com alguma técnica e com muito a melhorar. Porém um atleta neozelandês se sobressaiu dentre todos esses: Wynton Rufer, ex-atacante que atuou no Norwich/ING, no Zürich/SUI, no Kiaserslautern/ALE e, principalmente, no Werder Bremen/ALE, onde atuou por 6 temporadas e marcou importantes gols. Rufer é considerado o maior jogador de futebol da história do país.
Desde a criação da OFC a Nova Zelândia duelava diretamente com a Austrália pela hegemonia do futebol no continente - frequentemente perdida para os rivais da terra dos cangurus. Com a inclusão dos australianos na AFC (Confederação Asiática de Futebol), os Brancos poderão enfim reinar absolutos na região, onde a maioria absoluta dos atletas são amadores.
Sua primeira partida internacional foi diante da eterna rival em 17 de junho de 1922 com vitória por 3 a 1. E sua primeira participação em um grande evento esportivo foi a Copa do Mundo da Espanha em 1982. Antes do torneio passou por uma maratona de jogos nas Eliminatóerias, com 9 vitórias em 15 jogos, incluindo a goleada de 13 a 0 sobre Ilhas Fiji (seu maior placar na história) e a partida final contra a China vencida por 2 a 1 (o regulamento previa cruzamento com seleções da Ásia na segunda fase). No Mundial a equipe ficou no Grupo 6 ao lado de Brasil, União Soviética e Escócia. Como era de se esperar foram 3 derrotas, com 12 gols sofridos e 2 marcados (na derrota por 5 a 2 para os escoceses). Apesar da campanha pífia, a experiência e a felicidade por estarem presentes na competição foram incalculáveis.
Depois de 28 anos os neozelandeses poderão sentir novamente o gostinho de disputarem uma Copa do Mundo. Daí quem sabe não poderão arregimentar mais experiência e mais intercâmbio no cenário futebolístico? E não só serem conhecidos mundialmente como os "Todos Brancos" que vão à Copa do Mundo ou por sua dança nativa Maori-Haka que executam (foto 2) antes de cada partida. (Clique aqui para ver uma exibição deste interessante ritual pela seleção sub-17 da Nova Zelândia)
Abaixo, dados e estatísticas do All Whites.
NEW ZEALAND FOOTBALL
* Fundação: 1891
* Presidente: Francesco van Hattum
* Treinador: Ricki Herbert
* Primeira partida: Nova Zelândia 3 X 1 Austrália, no dia 17 de junho de 1992 em Dunedin/NZE
* Títulos (6): Copa das Nações da OFC (1973, 1998, 2002 e 2008) e Copa Trans-Tasmânia (1983 e 1987)
* Participação em Copas do Mundo (2): 1982 e 2010
* Maior vitória: Nova Zelândia 13 X 0 Ilhas Fiji, no dia 16 de agosto de 1981, em Auckland/NZE
* Maior derrota: Nova Zelândia 0 X 10 Austrália, no dia 11 de julho de 1936, em Wellington/NZE
* Jogador que mais atuou: Ivan Vicelich (65 jogos)
* Maior artilheiro: Vaughan Coveny (28 gols)
* Principais jogadores: Wynton Rufer, Ivan Vicelich, Ryan Nielsen, Chris Killen, Vaughan Coveny, Ricki Herbert, Frank van Hattum e Steve Summer
Escudo: arquivo pessoal
Foto 1: Everyjoe
Foto 2: NZ History
Vamos agora conhecer um pouco da história e relembrar a passagem dos Kiwis pela Copa de 1982?
A Nova Zelândia é uma das nações mais bonitas e de melhor qualidade de vida para seus habitantes no planeta. Possui clima temperado e está situada no sudoeste do Oceano Pacífico compreendendo duas principais ilhas (comumente chamadas de Ilha Norte e Ilha Sul). O país é notável por seu isolamento geográfico: está situado a cerca de 2000 km a sudeste de Austrália no mar da Tasmânia, e os seus vizinhos mais próximos são ao norte as Ilhas Fiji, a Nova Caledónia e Tonga. É uma democracia parlamentar independente, apesar de ser oficialmente uma monarquia constitucional, do qual o chefe de Estado titular é a rainha Elisabeth II da Inglaterra, que é representada pela Governadora-Geral Silvia Cartwright. Possui um dos mais altos índices de desenvolvimento humano (IDH) do mundo, tem uma economia forte e sólida baseada na indústria e sua moeda é o Dólar Neozelandês.
Entrando no assunto futebol associação local é uma das mais antigas do mundo, tendo iniciado suas atividades em 1891, e é uma das fundadoras da OFC - a Federação de Futebol da Oceania. Entretanto sua filiação à FIFA ocorreu apenas em 1948. Curiosamente o presidente da New Zealand Football, Frank van Hattum, foi um dos goleiros presentes na histórica participação neozelandesa na Copa da Espanha. Na sua história os All Whites ("Todos Brancos" em alusão ao seu uniforme predominantemente branco) apenas fizeram figuração em todos os torneios disputador - à exceção, óbvio, da Copa das Nações da Oceania, quando levaram o título em 4 ocasiões. Foram 3 Copas das Confederações (1999, 2003 e 2009) e uma Copa do Mundo (1982) e em todas as oportunidades sequer passaram da primeira fase. Tamanha a inexpressividade da equipe em torneios organizados pela FIFA apenas veio marcar seu primeiro ponto no empate de 0 a 0 com o Iraque neste ano na Copa das Confederações realizada na África do Sul - resultado esse intensamente comemorado pelos neozelandeses.
Muito dessa inexperiência e inferioridade técnica do futebol da seleção da Nova Zelândia se deve ao esmagador apoio do público ao rugby, o esporte mais popular do país. Com o All Blacks (também devido ao uniforme todo na cor preta da seleção de rugby) sim há grande experiência e conquistas no currículo da seleção, inclusive com título mundiais. Aliado a isso vale salientar que muitos dos atletas são semi-profissionais, ou seja, possuem outra ocupação afora o futebol. Entretanto alguns jogadores já começaram a atuar em centros futebolísticos mais avançados, como o atacante Chris Killen, que veste a camisa do escocês Celtic, o zagueiro Ryan Nielsen, do inglês Blackburn Rovers, e do já citado Rory Fallon, do também britânico Plymouth - todos apenas com alguma técnica e com muito a melhorar. Porém um atleta neozelandês se sobressaiu dentre todos esses: Wynton Rufer, ex-atacante que atuou no Norwich/ING, no Zürich/SUI, no Kiaserslautern/ALE e, principalmente, no Werder Bremen/ALE, onde atuou por 6 temporadas e marcou importantes gols. Rufer é considerado o maior jogador de futebol da história do país.
Desde a criação da OFC a Nova Zelândia duelava diretamente com a Austrália pela hegemonia do futebol no continente - frequentemente perdida para os rivais da terra dos cangurus. Com a inclusão dos australianos na AFC (Confederação Asiática de Futebol), os Brancos poderão enfim reinar absolutos na região, onde a maioria absoluta dos atletas são amadores.
Sua primeira partida internacional foi diante da eterna rival em 17 de junho de 1922 com vitória por 3 a 1. E sua primeira participação em um grande evento esportivo foi a Copa do Mundo da Espanha em 1982. Antes do torneio passou por uma maratona de jogos nas Eliminatóerias, com 9 vitórias em 15 jogos, incluindo a goleada de 13 a 0 sobre Ilhas Fiji (seu maior placar na história) e a partida final contra a China vencida por 2 a 1 (o regulamento previa cruzamento com seleções da Ásia na segunda fase). No Mundial a equipe ficou no Grupo 6 ao lado de Brasil, União Soviética e Escócia. Como era de se esperar foram 3 derrotas, com 12 gols sofridos e 2 marcados (na derrota por 5 a 2 para os escoceses). Apesar da campanha pífia, a experiência e a felicidade por estarem presentes na competição foram incalculáveis.
Depois de 28 anos os neozelandeses poderão sentir novamente o gostinho de disputarem uma Copa do Mundo. Daí quem sabe não poderão arregimentar mais experiência e mais intercâmbio no cenário futebolístico? E não só serem conhecidos mundialmente como os "Todos Brancos" que vão à Copa do Mundo ou por sua dança nativa Maori-Haka que executam (foto 2) antes de cada partida. (Clique aqui para ver uma exibição deste interessante ritual pela seleção sub-17 da Nova Zelândia)
Abaixo, dados e estatísticas do All Whites.
NEW ZEALAND FOOTBALL
* Fundação: 1891
* Presidente: Francesco van Hattum
* Treinador: Ricki Herbert
* Primeira partida: Nova Zelândia 3 X 1 Austrália, no dia 17 de junho de 1992 em Dunedin/NZE
* Títulos (6): Copa das Nações da OFC (1973, 1998, 2002 e 2008) e Copa Trans-Tasmânia (1983 e 1987)
* Participação em Copas do Mundo (2): 1982 e 2010
* Maior vitória: Nova Zelândia 13 X 0 Ilhas Fiji, no dia 16 de agosto de 1981, em Auckland/NZE
* Maior derrota: Nova Zelândia 0 X 10 Austrália, no dia 11 de julho de 1936, em Wellington/NZE
* Jogador que mais atuou: Ivan Vicelich (65 jogos)
* Maior artilheiro: Vaughan Coveny (28 gols)
* Principais jogadores: Wynton Rufer, Ivan Vicelich, Ryan Nielsen, Chris Killen, Vaughan Coveny, Ricki Herbert, Frank van Hattum e Steve Summer
Escudo: arquivo pessoal
Foto 1: Everyjoe
Foto 2: NZ History
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