Michael Jackson no futebol inglês???Desde a semana passada o mundo artístico está de luto pela morte do cantor Michael Jackson. Eu, particularmente, desde que me entendo por gente tinha profundo gosto pelas músicas e pela genialidade do "Rei do Pop" nos palcos e na TV. Porém sua vida conturbada, excêntrica e hipocondríaca ao extremo abreviou de forma abrupta sua brilhante trajetória.
Mas o que um blog sobre futebol está fazendo ao comentar o passamento de um astro famoso como Michael? Talvez poucos saibam, mas Michael Jackson era ligado ao pequeno, mas tradicional Exeter City da Inglaterra desde 2002. Á época o clube da cidade de mesmo nome passava por momentos turbulentos nos aspectos administrativo e financeiro. Fracasso dentro de campo, público cada vez menor nas partidas, dívidas acumuladas, problemas de pessoal, tudo isso atribulava bastante o ambiente no histórico time britânico. Para tentar contornar o problema foi trazido o famoso ilusionista israelense Uri Geller (na foto de camisa azul e cachecol do Exeter City) como um de seus managers (diretor) em 1997, ao ponto dele apelar para o sobrenatural a fim de amenizar as mazelas dentro da equipe.
Com o clube na League Two (equivalente à 4ª divisão inglesa) em 2002 veio a idéia de transformar a presença de alguém um sucesso entre os torcedores e, em contrapartida a isso, aumentar a presença de público no minúsculo Saint James Park (não confundir com o estádio do Newcastle, apesar do mesmo nome) e alavancar as vendas de produtos. Qual o nome do grande jogador de nível internacional desembarcaria no Exeter City para atrair torcedores e consumidores? Lêdo engano. Nada de jogador, e sim dirigente! Não há como imaginar a simples presença de um cartola dando uma sacudida nas vendas de ingressos e mercadorias, concordam? Mas nesse caso sim: o nome era o do mega-star da música pop Michael Jackson.
Michael nunca foi ligado a esporte algum, como era conhecido. Mas a presença de Uri Geller, seu grande amigo, e a promessa de que sua participação no time renderia fundos para instituições infantis de caridade pelo mundo o fez aceitar o convite prontamente. Promessa garantida e o cantor norte-americano viajou ao Reino Unido para apresentar-se aos torcedores. A vinda do músico causou alvoroço na cidade e, obviamente, lotou o estádio dos Grecians numa tarde chuvosa de verão do ano de 2002. Após alguns discursos dos colaboradores David Blaine (que também era ilusionista - na foto de preto à esquerda) e Uri Geller, eis que surge com toda pompa uma limousine teazendo a grande atração do dia. Em um modesto palco montado no gramado, Michael Jackson saudou a todos, foi saudado, e deu seguimento ao seu rápido discurso sobre as crianças, os jovens, os enfermos e, como não poderia deixar de ser, sobre o Exeter City.
A partir de então o astro tornou-se presidente honorário vitalício, apesar de não entender uma vírgula de futebol e de nunca ter dado um dia de expediente em Exeter. Sua ajuda financeira momentaneamente ajudou bastante o clube de Devon, mas com o passar do tempo as coisas voltaram a ser difíceis como antes e o time que enfrentou o Brasil em 1914, na primeira partida da história da seleção, chegou a ser rebaixado para a Conferência inglesa (5ª divisão em diante) em 2003. Atualmente a equipe disputa a League One (equivalente à nossa Série C) após ser promovida na temporada passada, um sinal de lenta, mas necessária recuperação de um clube tão tradicional como o centenário Exeter City.
No mundo artístico Michael Jackson foi um enorme estouro nas paradas de sucesso, um verdadeiro gênio dos palcos com suas coreografias quase sobrehumanas e suas apresentações com grandes efeitos especiais. Vai deixar um imenso vazio dentro da música para seus fãs e simpatizantes. Porém dentro do futebol, infelizmente, sua atuação causou quase nenhum furor a não ser por sua presença em Saint James Park, conforme podemos ver clicando neste vídeo amador.
Foto: BBC
Escudo: arquivo pessoal
Mas o que um blog sobre futebol está fazendo ao comentar o passamento de um astro famoso como Michael? Talvez poucos saibam, mas Michael Jackson era ligado ao pequeno, mas tradicional Exeter City da Inglaterra desde 2002. Á época o clube da cidade de mesmo nome passava por momentos turbulentos nos aspectos administrativo e financeiro. Fracasso dentro de campo, público cada vez menor nas partidas, dívidas acumuladas, problemas de pessoal, tudo isso atribulava bastante o ambiente no histórico time britânico. Para tentar contornar o problema foi trazido o famoso ilusionista israelense Uri Geller (na foto de camisa azul e cachecol do Exeter City) como um de seus managers (diretor) em 1997, ao ponto dele apelar para o sobrenatural a fim de amenizar as mazelas dentro da equipe.
Com o clube na League Two (equivalente à 4ª divisão inglesa) em 2002 veio a idéia de transformar a presença de alguém um sucesso entre os torcedores e, em contrapartida a isso, aumentar a presença de público no minúsculo Saint James Park (não confundir com o estádio do Newcastle, apesar do mesmo nome) e alavancar as vendas de produtos. Qual o nome do grande jogador de nível internacional desembarcaria no Exeter City para atrair torcedores e consumidores? Lêdo engano. Nada de jogador, e sim dirigente! Não há como imaginar a simples presença de um cartola dando uma sacudida nas vendas de ingressos e mercadorias, concordam? Mas nesse caso sim: o nome era o do mega-star da música pop Michael Jackson.
Michael nunca foi ligado a esporte algum, como era conhecido. Mas a presença de Uri Geller, seu grande amigo, e a promessa de que sua participação no time renderia fundos para instituições infantis de caridade pelo mundo o fez aceitar o convite prontamente. Promessa garantida e o cantor norte-americano viajou ao Reino Unido para apresentar-se aos torcedores. A vinda do músico causou alvoroço na cidade e, obviamente, lotou o estádio dos Grecians numa tarde chuvosa de verão do ano de 2002. Após alguns discursos dos colaboradores David Blaine (que também era ilusionista - na foto de preto à esquerda) e Uri Geller, eis que surge com toda pompa uma limousine teazendo a grande atração do dia. Em um modesto palco montado no gramado, Michael Jackson saudou a todos, foi saudado, e deu seguimento ao seu rápido discurso sobre as crianças, os jovens, os enfermos e, como não poderia deixar de ser, sobre o Exeter City.
A partir de então o astro tornou-se presidente honorário vitalício, apesar de não entender uma vírgula de futebol e de nunca ter dado um dia de expediente em Exeter. Sua ajuda financeira momentaneamente ajudou bastante o clube de Devon, mas com o passar do tempo as coisas voltaram a ser difíceis como antes e o time que enfrentou o Brasil em 1914, na primeira partida da história da seleção, chegou a ser rebaixado para a Conferência inglesa (5ª divisão em diante) em 2003. Atualmente a equipe disputa a League One (equivalente à nossa Série C) após ser promovida na temporada passada, um sinal de lenta, mas necessária recuperação de um clube tão tradicional como o centenário Exeter City.
No mundo artístico Michael Jackson foi um enorme estouro nas paradas de sucesso, um verdadeiro gênio dos palcos com suas coreografias quase sobrehumanas e suas apresentações com grandes efeitos especiais. Vai deixar um imenso vazio dentro da música para seus fãs e simpatizantes. Porém dentro do futebol, infelizmente, sua atuação causou quase nenhum furor a não ser por sua presença em Saint James Park, conforme podemos ver clicando neste vídeo amador.
Foto: BBC
Escudo: arquivo pessoal
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