Grupo D: reunião de campeões continentais
Na publicação de hoje seguiremos com os breves históricos das 32 seleções participantes da Copa do Mundo de 2010. A seguir os componentes do Grupo E: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões. Curiosamente todos já foram campeões de seus respectivos continentes.
Obs.: Dados atualizados até 26/05/2010
Grupo E - Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões
- Holanda
A famosíssima Laranja Mecânica de Johan Cruijjf estará na próxima Copa após fazer campanha impecável nas eliminatórias européias, onde venceu o grupo 9 com 100% de aproveitamento. Será sua nona participação no torneio e uma mescla de jogadores talentosos, experientes, como o meia Giovanni van Bronckhorst, e jovens, como o atacante Ryan Babel, poderá ser fator preponderante para uma boa campanha na África.
Historicamente o futebol holandês é conhecido por sua técnica apurada e a vocação ofensiva de seus esquemas de jogo, culturalmente atuando com 3 atacantes. E desde sua estréia oficial diante da Bélgica em 1905 que o poder de fogo de seu ataque tem funcionado de maneira regular: 4 a 1 nos belgas fora de casa.
A despeito da estréia holandesa nos gramados ter se dado no início do século passado, a Koninklijke Nederlandse Voetbalbond (KNVB), entidade que regula o futebol no país, existe desde 1889 e é uma das mais antigas do esporte no planeta.
Também é histórico o surgimento de grandes craques da bola nos Países Baixos. Podemos citar aos montes, mas podemos nos resumir aos maiores deles: o lendário Johan Cruijjf, Johan Neeskens, Ruud Krol, Johnny Rep, Arie Haan, Rob Rensenbrink, Ruud Gullit, Frank Rijkaard, Marco Van Basten e Dennis Bergkamp.
A primeira participação da Holanda em copas foi em 1934 quando não passou sequer da primeira fase. O mesmo se repetiu para o Mundial seguinte em 1938. Daí uma espera de 36 anos para voltar ao torneio, mas com uma geração de ouro que encantou o mundo. Sob o comando do mítico treinador Rinus Michels, o Carrossel Holandês inovou com seu esquema de "Futebol Total", que consistia nos jogadores não terem posição fixa dentro de campo. Trocando em miúdos, um defensor poderia virar atacante em dado momento do jogo, caso necessário, e vice-versa - menos o goleiro por questões óbvias. Porém o estilo revolucionário de jogar futebol parou na dura, mas sempre eficiente Alemanha em 1974 e no fator casa dos argentinos quatro anos mais tarde.
Com o fim de carreira da maioria dos jogadores que encantaram o mundo na década de 70, a Holanda conviveu com uma entressafra de bons valores e deixou de participar dos torneios de 1982 e 1986, vindo a retornar apenas na Itália em 1990. O meio da década de 80 e os anos 90 marcaram o surgimento de outros grandes nomes do futebol como Rijkaard, Gullit, Koeman e Bergkamp. Em 1998, na França, a melhor participação dos holandeses desde o fim do Carossel com o 4º lugar.
Título apenas um, o da Eurocopa de 1988 na Alemanha. Uma grande coincidência unia esse time campeão europeu com a antiga Oranje: o banco de reservas, em que Rinus Michels novamente era o comandante.
KONINKLIJKE NEDERLANDSE VOETBALBOND (REAL ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DA HOLANDA)
* Fundação: 1889
* Apelidos: Laranja Mecânica, Oranje
* Presidente: Michael van Praag
* Treinador: Bert van Marwijk
* Uniformes: Camisas laranjas, shorts pretos e meiões laranjas (titular); camisas brancas com detalhes laranjas e azuis, shorts azuis e meiões brancos (reserva)
* Primeira partida oficial: Bélgica 1 X 4 Holanda, no dia 30 de abril de 1905 em Antuérpia/BEL
* Maiores vitórias: Holanda 9 X 0 Finlândia, no dia 4 de julho de 1912 em Solna/SUE; Holanda 9 X 0 Noruega, no dia 1º de novembro de 1972 em Roterdã/HOL
* Maior derrota: Inglaterra 12 X 2 Holanda, no dia 21 de dezembro de 1907 em Darlington/ING
* Jogador que mais vezes atuou: Edwin van der Sar (130 vezes entre 1995 e 2008)
* Maior artilheiro: Patrick Kluivert (40 gols entre 1994 e 2004)
* Atual capitão: Giovanni van Bronckhorst
* Ranking da FIFA: 4º
* Título (1): Eurocopa (1988)
* Jogadores de destaque na história: Johan Cruijjf,Johan Neeskens, Ruud Krol, Johnny Rep, Arie Haan, Rob Rensenbrink, Ruud Gullit, Frank Rijkaard, Marco Van Basten e Dennis Bergkamp
* Participações em Copas (9): 1934, 1938, 1974, 1978, 1990, 1994, 1998, 2006 e 2010
- Dinamarca
Os dinamarqueses de hoje nem de longe lembram aquela revolucionária equipe que assombrou o mundo da bola em 1986 com um estilo de jogo arrasador do treinador alemão Sepp Piontek. A seleçã foi uma das pioneiras no esquema 3-5-2, no qual os alas atuam quase como os antigos pontas. Classificaram-se para a quarta Copa no Grupo 1 das eliminatórias à frente de Portugal, que foi obrigado a disputar a repescagem.
Se o futebol da Dinamarca que vai ao próximo Mundial não lembra o jogo técnico de 24 anos atrás ao menos sobra disposição e organização tática ao time agora comandando pelo ex-zagueiro Morten Olsen - presente naquela equipe que foi ao México.
A Dansk Boldspil-Union (DBU) controla o futebol na Dinamarca e foi fundada em 1889, mas somente veio a realmente regulamentar e realizar torneios oficiais a partir de 1908. Foi no advento do torneio olímpico de futebol daquele ano, realizado em Londres na Inglaterra, que a Dinamarca colocou em campo pela primeira vez sua seleção - vitória acachapante por 9 a 0 diante da França "B" (curiosamente os franceses enviaram aos jogos duas seleções denominadas "equipe A" e "equipe B"). Neste time marcou presença o lendário atacante Sophus Krølben Nielsen, que anotou 10 gols gols em uma única partida na competição (17 a 1 sobre a França "A") e que por quase um século manteve o recorde de artilheiro de um jogo apenas, sendo superado em 2001 pelo australiano Archie Thompson.
Demorou 56 anos até a estréia dos Dinamites em um Mundial. Daquela equipe desconhecida, que havia surpreendido nas eliminatórias, estreante em copas conheceu-se jogadores de imensa capacidade técnica como Morten Olsen, Preben Elkjær Larsen, Jesper Olsen, John Eriksen, Ivan Nielsen e Michael Laudrup - considerado o maior jogador da história do país. Caíram no Grupo E ao lado dos favoritos alemães, da Escócia e do tradicional Uruguai. Na primeira partida enfrentaram os escoceses e venceram por um simples 1 a 0. A partir daí começou o show: 6 a 1 no Uruguai - com direito a três gols de Elkjær Larsen - e 2 a 0 na Alemanha Ocidental, que futuramente viria a ser a vice-campeã do mundo. Neste momento todos estavam maravilhados com o futebol técnico e ofensivo dos dinamarqueses, tanto que logo receberam o nome de Dinamáquina. Porém as engrenagens da máquina emperraram nas oitavas-de-final e sucumbiram diante da Espanha do inspirado Emilio Butrageño que marcou 4 dos 5 gols da vitória por 5 a 1. Nada que apagasse o importante legado deixado pelos escandinavos. Participaram ainda de mais 2 copas - 1998 e 2002 - até se qualificarem para a deste ano.
Pensaram que o encanto acabou por aí? Lêdo engano. Nas eliminatórias para a Eurocopa de 1992 a Dinamarca não conseguiu sua classificação, mas assegurou seu passaporte para a competição após o banimento da Iugoslávia devido aos confrontos bélicos nos Balcãs, que havia se classificado como primeira colocada da chave. Na competição entraram em um grupo bastante complicado junto com a anfitriã Suécia e as tradicionais Inglaterra e França. Para surpresa de todos conseguiram passar para a segunda fase após ficarem à frente de ingleses e franceses. Daí então, sob o comando técnico de Richard Møller Nielsen e no campo com jogadores como Henrik Larsen, Lars Elstrup, Kim Vilfort e Peter Schmeichel, rumaram ao histórico título europeu.
Os dinamarqueses consolidaram o título de a mais vitoriosa equipe escandinava ao conquistarem a Copa do Rei Fahd em 1995, que mais tarde mudaria o nome para Copa das Confederações. Foram os primeiros campeões da história do torneio. Já nas Olimpíadas também possui bom histórico: 3 pratas (1908, 1912 e 1960) e um bronze (1948).
Obs.: Dados atualizados até 26/05/2010
Grupo E - Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões
- Holanda
A famosíssima Laranja Mecânica de Johan Cruijjf estará na próxima Copa após fazer campanha impecável nas eliminatórias européias, onde venceu o grupo 9 com 100% de aproveitamento. Será sua nona participação no torneio e uma mescla de jogadores talentosos, experientes, como o meia Giovanni van Bronckhorst, e jovens, como o atacante Ryan Babel, poderá ser fator preponderante para uma boa campanha na África.
Historicamente o futebol holandês é conhecido por sua técnica apurada e a vocação ofensiva de seus esquemas de jogo, culturalmente atuando com 3 atacantes. E desde sua estréia oficial diante da Bélgica em 1905 que o poder de fogo de seu ataque tem funcionado de maneira regular: 4 a 1 nos belgas fora de casa.
A despeito da estréia holandesa nos gramados ter se dado no início do século passado, a Koninklijke Nederlandse Voetbalbond (KNVB), entidade que regula o futebol no país, existe desde 1889 e é uma das mais antigas do esporte no planeta.
Também é histórico o surgimento de grandes craques da bola nos Países Baixos. Podemos citar aos montes, mas podemos nos resumir aos maiores deles: o lendário Johan Cruijjf, Johan Neeskens, Ruud Krol, Johnny Rep, Arie Haan, Rob Rensenbrink, Ruud Gullit, Frank Rijkaard, Marco Van Basten e Dennis Bergkamp.
A primeira participação da Holanda em copas foi em 1934 quando não passou sequer da primeira fase. O mesmo se repetiu para o Mundial seguinte em 1938. Daí uma espera de 36 anos para voltar ao torneio, mas com uma geração de ouro que encantou o mundo. Sob o comando do mítico treinador Rinus Michels, o Carrossel Holandês inovou com seu esquema de "Futebol Total", que consistia nos jogadores não terem posição fixa dentro de campo. Trocando em miúdos, um defensor poderia virar atacante em dado momento do jogo, caso necessário, e vice-versa - menos o goleiro por questões óbvias. Porém o estilo revolucionário de jogar futebol parou na dura, mas sempre eficiente Alemanha em 1974 e no fator casa dos argentinos quatro anos mais tarde.
Com o fim de carreira da maioria dos jogadores que encantaram o mundo na década de 70, a Holanda conviveu com uma entressafra de bons valores e deixou de participar dos torneios de 1982 e 1986, vindo a retornar apenas na Itália em 1990. O meio da década de 80 e os anos 90 marcaram o surgimento de outros grandes nomes do futebol como Rijkaard, Gullit, Koeman e Bergkamp. Em 1998, na França, a melhor participação dos holandeses desde o fim do Carossel com o 4º lugar.
Título apenas um, o da Eurocopa de 1988 na Alemanha. Uma grande coincidência unia esse time campeão europeu com a antiga Oranje: o banco de reservas, em que Rinus Michels novamente era o comandante.
KONINKLIJKE NEDERLANDSE VOETBALBOND (REAL ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DA HOLANDA)
* Fundação: 1889
* Apelidos: Laranja Mecânica, Oranje
* Presidente: Michael van Praag
* Treinador: Bert van Marwijk
* Uniformes: Camisas laranjas, shorts pretos e meiões laranjas (titular); camisas brancas com detalhes laranjas e azuis, shorts azuis e meiões brancos (reserva)
* Primeira partida oficial: Bélgica 1 X 4 Holanda, no dia 30 de abril de 1905 em Antuérpia/BEL
* Maiores vitórias: Holanda 9 X 0 Finlândia, no dia 4 de julho de 1912 em Solna/SUE; Holanda 9 X 0 Noruega, no dia 1º de novembro de 1972 em Roterdã/HOL
* Maior derrota: Inglaterra 12 X 2 Holanda, no dia 21 de dezembro de 1907 em Darlington/ING
* Jogador que mais vezes atuou: Edwin van der Sar (130 vezes entre 1995 e 2008)
* Maior artilheiro: Patrick Kluivert (40 gols entre 1994 e 2004)
* Atual capitão: Giovanni van Bronckhorst
* Ranking da FIFA: 4º
* Título (1): Eurocopa (1988)
* Jogadores de destaque na história: Johan Cruijjf,Johan Neeskens, Ruud Krol, Johnny Rep, Arie Haan, Rob Rensenbrink, Ruud Gullit, Frank Rijkaard, Marco Van Basten e Dennis Bergkamp
* Participações em Copas (9): 1934, 1938, 1974, 1978, 1990, 1994, 1998, 2006 e 2010
- Dinamarca
Os dinamarqueses de hoje nem de longe lembram aquela revolucionária equipe que assombrou o mundo da bola em 1986 com um estilo de jogo arrasador do treinador alemão Sepp Piontek. A seleçã foi uma das pioneiras no esquema 3-5-2, no qual os alas atuam quase como os antigos pontas. Classificaram-se para a quarta Copa no Grupo 1 das eliminatórias à frente de Portugal, que foi obrigado a disputar a repescagem.
Se o futebol da Dinamarca que vai ao próximo Mundial não lembra o jogo técnico de 24 anos atrás ao menos sobra disposição e organização tática ao time agora comandando pelo ex-zagueiro Morten Olsen - presente naquela equipe que foi ao México.
A Dansk Boldspil-Union (DBU) controla o futebol na Dinamarca e foi fundada em 1889, mas somente veio a realmente regulamentar e realizar torneios oficiais a partir de 1908. Foi no advento do torneio olímpico de futebol daquele ano, realizado em Londres na Inglaterra, que a Dinamarca colocou em campo pela primeira vez sua seleção - vitória acachapante por 9 a 0 diante da França "B" (curiosamente os franceses enviaram aos jogos duas seleções denominadas "equipe A" e "equipe B"). Neste time marcou presença o lendário atacante Sophus Krølben Nielsen, que anotou 10 gols gols em uma única partida na competição (17 a 1 sobre a França "A") e que por quase um século manteve o recorde de artilheiro de um jogo apenas, sendo superado em 2001 pelo australiano Archie Thompson.
Demorou 56 anos até a estréia dos Dinamites em um Mundial. Daquela equipe desconhecida, que havia surpreendido nas eliminatórias, estreante em copas conheceu-se jogadores de imensa capacidade técnica como Morten Olsen, Preben Elkjær Larsen, Jesper Olsen, John Eriksen, Ivan Nielsen e Michael Laudrup - considerado o maior jogador da história do país. Caíram no Grupo E ao lado dos favoritos alemães, da Escócia e do tradicional Uruguai. Na primeira partida enfrentaram os escoceses e venceram por um simples 1 a 0. A partir daí começou o show: 6 a 1 no Uruguai - com direito a três gols de Elkjær Larsen - e 2 a 0 na Alemanha Ocidental, que futuramente viria a ser a vice-campeã do mundo. Neste momento todos estavam maravilhados com o futebol técnico e ofensivo dos dinamarqueses, tanto que logo receberam o nome de Dinamáquina. Porém as engrenagens da máquina emperraram nas oitavas-de-final e sucumbiram diante da Espanha do inspirado Emilio Butrageño que marcou 4 dos 5 gols da vitória por 5 a 1. Nada que apagasse o importante legado deixado pelos escandinavos. Participaram ainda de mais 2 copas - 1998 e 2002 - até se qualificarem para a deste ano.
Pensaram que o encanto acabou por aí? Lêdo engano. Nas eliminatórias para a Eurocopa de 1992 a Dinamarca não conseguiu sua classificação, mas assegurou seu passaporte para a competição após o banimento da Iugoslávia devido aos confrontos bélicos nos Balcãs, que havia se classificado como primeira colocada da chave. Na competição entraram em um grupo bastante complicado junto com a anfitriã Suécia e as tradicionais Inglaterra e França. Para surpresa de todos conseguiram passar para a segunda fase após ficarem à frente de ingleses e franceses. Daí então, sob o comando técnico de Richard Møller Nielsen e no campo com jogadores como Henrik Larsen, Lars Elstrup, Kim Vilfort e Peter Schmeichel, rumaram ao histórico título europeu.
Os dinamarqueses consolidaram o título de a mais vitoriosa equipe escandinava ao conquistarem a Copa do Rei Fahd em 1995, que mais tarde mudaria o nome para Copa das Confederações. Foram os primeiros campeões da história do torneio. Já nas Olimpíadas também possui bom histórico: 3 pratas (1908, 1912 e 1960) e um bronze (1948).
DANSK BOLDSPIL-UNION (ASSOCIAÇÃO DINAMARQUESA DE FUTEBOL)
* Fundação: 1889
* Apelido: Dinamites
* Presidente: Allan Hansen
* Treinador: Morten Olsen
* Uniformes: Camisas vermelhas com detalhes brancos, shorts brancos e meiões vermelhos (titular); camisas brancas com detalhes vermelhos, shorts vermelhos e meiões brancos (reserva)
* Primeira partida oficial: Dinamarca 9 X França "B", no dia 19 de outubro de 1908 em Londres/ING
* Maior vitória: Dinamarca 17 X 1 França "A", no dia 22 de outubro de 1908 em Londres/ING
* Maior derrota: Alemanha 8 X 0 Dinamarca, no dia 16 de maio de 1937 em Breslau/ALE
* Jogador que mais vezes atuou: Peter Schmeichel (129 vezes entre 1987 e 2001)
* Maior artilheiro: Poul Nielsen (52 gols entre 1910 e 1925)
* Atual capitão: Jon Dahl Tomasson
* Ranking da FIFA: 35º
* Títulos (2): Eurocopa (1992) e Copa das Confederações (1995)
* Jogadores de destaque na história: Poul Nielsen, Sophus Nielsen, Morten Olsen, Preben Elkjær Larsen, Jesper Olsen, John Eriksen, Ivan Nielsen, Henrik Larsen, Lars Elstrup, Kim Vilfort e Peter Schmeichel e Michael Laudrup
* Participações em Copas (4): 1986, 1998, 2002 e 2010
- Japão
O desenvolvimento do futebol japonês é nítido desde a chegada do craque Zico no início dos anos 90 para atuar no país. Tanto que nessa mesma década conseguiu se classificar pela primeira vez para uma Copa do Mundo, em 1998 na França. Na África do Sul será a quarta participação japonesa em mundiais - de forma consecutiva - ao assegurar sua vaga como segunda colocada no Grupo A das eliminatórias asiáticas atrás da Austrália.
O esporte na terra do sol nascente demorou a se desenvolver, mas é regido desde 1921 pela Associação de Futebol do Japão (JFA) quando a entidade foi fundada. Apesar disso a seleção nipônica estreou oficialmente 4 anos antes contra a China e foi goleada por 5 a 0. Curiosamente no dia seguinte sofreu sua maior goleada na história - 15 a 2 para as Filipinas.
O primeiro bom resultado do Japão só veio acontecer nos Jogos Olímpicos de 1968 na Cidade do México com a conquista da medalha de bronze. O futebol no país era tão fraco e sem estrutura que, para se ter uma idéia, sequer conseguiam se qualificar para a Copa das Nações Asiáticas. O quadro apenas mudou, como já comentado, a partir da década de 90 com a chegada do ídolo flamenguista Zico, mas em 1988 já havia conseguido estrear no torneio continental.
O salto de qualidade dos Samurais Azuis foi tão gritante que o primeiro título de sua história não demorou a acontecer. Em 1992 levantou o trofeu do torneio asiático, feito que se repetiu mais duas vezes. Em 1998 classificou-se para a sua primeira Copa, mas foi eliminado logo na primeira fase. Quatro anos depois sediou o Mundial ao lado da Coréia do Sul e conseguiu sua melhor colocação na história: passagem para as oitavas de final e o 9º lugar. Participou ainda de 4 Copas das Confederações e de uma Copa América como convidado.
Pelo curto histórico de futebol competitivo do Japão poucos nomes de destaque no cenário futebolístico podem ser citados. Ruy Ramos, brasileiro naturalizado japonês, talvez seja um dos atífices do desenvolvimento do esporte no país e é considerado um ídolo por lá - e também tinha uma boa técnica. Nos tempos de vacas magras pode-se destacar o atacante Kunishige Kamamoto, que é o recordista de gols pela seleção. Hidetoshi Nakata, Alex dos Santos (outro brasileiro naturalizado), Yoshikatsu Kawaguchi, Shunsuke Nakamura, Junichi Inamoto, Kazuyoshi Miura (o Kazu, que jogou em vários times brasileiros entre eles XV de Jaú/SP, CRB/AL, Santos/SP e Coritiba) e Shinji Ono. Esses certamente, apadrinhados por Ramos e o Galinho de Quintino, foram/são motivos de esperança para a fanática torcida japonesa de uma boa apresentação na África.
ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DO JAPÃO (em japonês: 日本サッカー協会)
* Fundação: 1921
* Apelido: Samurais Azuis
* Presidente: Motoaki Inukai
* Treinador: Takeshi Okada
* Uniformes: Camisas azuis, shorts brancos e meiões azuis (titular); camisas brancas, shorts azuis e meiões brancos (reserva)
* Primeira partida oficial: Japão 0 X 5 China, no dia 9 de maio de 1917 em Tóquio/JAP
* Maior vitória: Japão 15 X 0 Filipinas, no dia 27 de setembro de 1967 em Tóquio/JAP
* Maior derrota: Japão 2 X 15 Filipinas, no dia 10 de maio de 1917 em Tóqui/JAP
* Jogador que mais vezes atuou: Masami Ihara (122 vezes entre 1988 e 1999)
* Maior artilheiro: Kunishige Kamamoto (75 gols entre 1964 e 1977)
* Atual capitão: Yoshikatsu Kawaguchi
* Ranking da FIFA: 45º
* Títulos (3): Copa das Nações Asiáticas (1992, 2000 e 2004)
* Jogadores de destaque na história: Ruy Ramos, Kunishige Kamamoto, Hidetoshi Nakata, Alex dos Santos, Kawaguchi, Shunsuke Nakamura, Junichi Inamoto, Kazuyoshi Miura, Shinji Ono e Masami Ihara
* Participações em Copas (4): 1998, 2002, 2006 e 2010
- Camarões
Os Leões Indomáveis estão de volta ao Mundial após a ausência de 2006 depois de se classificarem nas eliminatórias africanas no Grupo A. A geração do craque Samuel Eto'o poderá dar as caras na África do Sul e tentar fazer uma boa participação no torneio, que será o quinto de sua história.
A história dos camaroneses nas copas começou em 1982, quando surpreenderam a todos ao empatar os três jogos que fizeram com a futura campeã Itália, Polônia e Peru. E só não passou de fase por causa do saldo de gols menor que o dos italianos. O futebol profissional também é recente no país do oeste africano, pois a Fédération Camerounaise de Football (FCF) foi fundada em 1959. Um ano depois a seleção fazia sua primeira partida oficial diante da Somália e goleava por 9 a 2 na ilha de Madagascar.
Nesse torneio já começava sua história um dos nomes mais significantes da história do futebol do continente - o atacante Roger Milla. Na Copa da Espanha sua passagem não foi tão avassaladora, mas serviu para mostrar que seu talento foi tardiamente reconhecido - apenas aos 30 anos de idade. Porém 8 anos depois Camarões novamente voltava a um Mundial e Milla já tinha oficializado sua aposentadoria da equipe nacional. Entretanto ao ouvir o clamor do público de seu país e um pedido direto do presidente da república aceitou o desafio de voltar aos gramados pelos Leões na Itália. E seu retorno não foi em vão. Aos 38 anos foi fator preponderante na excelente campanha camaronesa até as quartas-de-final, quando foram eliminados por pouco pela Inglaterra. Quatro anos depois nova surpresa: o atacante estava de volta nos EUA. Apesar da pífia campanha de seu selecionado na competição entrou para a história como o jogador mais velho a marcar em um jogo de Copa com o gol de honra na goleada de 6 a 1 sofrida pela Rússia, aos 42 anos e 39 dias de vida.
A primeira conquista oficial veio com a Copa Africana de Nações em 1984, na qual ganhou também em outras três ocasiões. No ano 2000 Camarões foi campeão olímpico na Austrália ao vencer a Espanha na final. Além de Milla outros jogadores de competência comprovada vestiram a camisa dos Leões Indomáveis, tais como Samuel Eto'o, Jacques Songo'o, François Omam-Biyiki, Stephen Tataw e Patrick Mboma. Uma nota triste foi o falecimento do meia Marc-Vivien Foé durante uma partida válida pela Copa das Confederações de 2003 contra a França.
FÉDÉRATION CAMEROUNAISE DE FOOTBALL (FEDERAÇÃO CAMARONESA DE FUTEBOL)
* Fundação: 1959
* Apelido: Leões Indomáveis
* Presidente: Mohamed Iya
* Treinador: Paul Le Guen
* Uniformes: Camisas verdes com detalhes vermelhos, shorts vermelhos e meiões amarelos (titular); camisas amarelas com detalhes vermelhos, shorts verdes e meiões vermelhos (reserva)
* Primeira partida oficial: Camarões 9 X 2 Somália, no dia 13 de abril de 1960 em Antananarivo/MAD
* Maior vitória: Camarões 9 X 2 Somália, no dia 13 de abril de 1960 em Antananarivo/MAD
* Maiores derrotas: Noruega 6 X 1 Camarões, no dia 31 de outubro de 1990 em Oslo/NOR; Rússia 6 X 1 Camarões, no dia 28 de junho de 1994 em Palo Alto/EUA
* Jogador que mais vezes atuou: Rigobert Song (133 vezes desde 1993)
* Maior artilheiro: Samuel Eto'o (44 gols desde 1996)
* Atual capitão: Samuel Eto'o
* Ranking da FIFA: 19º
* Títulos (5): Copa das Nações fricanas (1984, 1988, 2000 e 2002) e Jogos Olímpicos (2000)
* Jogadores de destaque na história: Roger Milla, Samuel Eto'o, Jacques Songo'o, François Omam-Biyiki, Stephen Tataw e Rigobert Song e Patrick Mboma
* Participações em Copas (5): 1982, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2010
Confira também: Histórico das Seleções I, Histórico das Seleções II, Histórico das Seleções III, Histórico das Seleções IV
Foto: Wordpress
Um comentário:
oi ch.
tive o prazer de assistir à laranja mecânica na primeira copa que acompanhei, a de 74, e era isso aí mesmo que todos pregam. tanto que foi surpreendente a derrota na final pra alemanha, ainda mais depois de abrir o marcador logo no início do jogo. outra curiosidade é que logo após a eliminação pelo eterno mico, a espanha, falou-se à época que a dinamáquina na verdade perdeu a vaga pra uma histórica ressaca, uma vez que, segundo relatos, eles simplesmente não conseguiam parar de regar os louros da campanha com generosas rodadas de cerveja. sobre o japão, há muito tempo assisti a uma entrevista do galinho contando sua história no futebol japonês; entre tantas coisas, zico contava que até mesmo amarrar e cuidar das chuteiras ele teve que ensinar aos seus companheiros. finalmente, quem não torceu um pouco por camarões, né? no entanto parece que existe uma falta de profissionalismo crônica e incurável na índole do jogador africano, o que concorre pra que eles sejam sempre apenas uma atração de curta jornada em copas, qdo muito. quando me falam da iminência de uma conquista mundial por algum africanocacado nas campanhas em olimpíadas, a mágica é simples de explicar: fazer "gatos" na idade de jogadores também faz parte da cultura futebolística daquele continente. o efeito final é parecido com o que se tinha qdo as seleções olímpicas tinham que ser formadas por jogadores amadores e daí ouro, prata e bronze, bem como as melhores campanhas, ficavam nas mãos dos países do antigo bloco soviético: como lá o futebol não era "profissional" esses países entravam com suas seleções principais pra jogar contra amadores. uma baba, não?
abração, meu véio.
M.
Postar um comentário